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IMBAÚ: Dona Maria Daluz de 107 anos é só carinho

O respeito às pessoas idosas a uniu com seu anjo Leosair e o cuidado da Assistência social municipal

 ESPECIAL "DIA INTERNACIONAL DA MULHER"

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2017-03-08 às 09:14:12) Ela, ao sair do carro, chegou andando a passos lentos, mas animada e toda preocupada com o Davi. Com um bonito vestido e colares, Maria Daluz da Silva dá lição de vida pela longevidade. São 107 anos que ela nasceu em Faxinal São Pedro – localidade dentro de Imbaú - , e tem o cuidado de Leosair Castorina da Silva, que não se limitou ao já, esforçado trabalho na Secretaria de Assistência Social de Imbaú, mas mais que isso: assumiu pra sí, como missão de vida, o cuidado por mais uma mãe e que ao mesmo tempo se tornou sua filha. Ela levou para sua casa, a dona Daluz, e essa cumplicidade já ultrapassou em muito o ‘só cumprir sua função’.

Mas afinal de contas, quem é Davi? Creiam, mas ele é de fato, o neto de Leosair, que como nossa estrela o viu nascer, é um prazer enorme a todos deixar com que ela o veja como se fosse seu filho. Par e passo a gravação da entrevista, lá perguntava aonde estava Davi. “Ele cuida dela, e nunca a deixa sozinha”, conta Leosair, que ainda informou: “Quando a gente veio pra cá, foi uma choreira. Ele não quis deixar ela vir, com medo que ela ficasse só ou viesse sozinha”. Com amor real, nossa secular guerreira explicou: “Eu quero bem ele, desde pequeno. Ele pegava barro e levava na mesa para comer”, relembra ela das brincadeiras de alguns anos atrás, dele.

 

COMO SE INICIOU A RELAÇÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IMBAÚ E DALUZ

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Há mais de nove anos atrás, Suzane Correia, que já exercia a função de secretária de Assistência Social, o cargo que hoje volta a ter em Imbaú, viu a necessidade de encaminhamento e olhar diferenciado a nossa homenageada. Foi aí que conhecendo o grande coração e dedicação à pessoas idosas de Leosair, que ainda não trabalhava na prefeitura, que Correia pediu que ela fosse até onde morava Daluz. Foram duas horas de sufoco até que ela baixasse o facão e acalmasse a sua cachorra de estimação, Abaíta, e ela compreendesse que ali, eram anjos amigos que a iriam proteger.

A partir daí, ela foi à casa de Leosair, depois na Casa de Idosos, e quando essa fechou, voltou novamente com sua filha-mãe adotiva, e hoje ela faz parte integrante da família. Todos tem o maior cuidado por ela, e até os parentes de Curitiba que Leosair tem, a primeira coisa que perguntam, é como vai Daluz. A mãe de Leosair, Dona Mari Lopes, que aqui merece nossas homenagens, está com 74 anos. No começo houve um certo ciúme por parte dela, confessou a filha, mas isso foi se acertando e hoje é consenso a enxurrada de amor. “Todo dia, cinco da manhã, quando acordava, Daluz cantava pra minha mãe a música ‘Acorda Maria Bonita’”.

Uma dos orgulhos da cidade de Imbaú e certamente uma das pessoas mais idosas dos Campos Gerais, os 107 anos dela foram comemorados no dia 05 de janeiro com toda a comunidade, no Centro Comunitário. Na oportunidade, a secretária Suzane, novamente, deixa evidente o amor maternal com Daluz, por parte de todos. O prefeito Lauzinho, pode abraçar a homenageada, e entende a importância de se louvar a guerreiras que muito contribuíram e contribuem com o crescimento da cidade. No álbum de fotos acima, os cliques dessa comemoração, também.

 

A VIDA DE DALUZ

Com sorriso no rosto, nossa lição de vida informou: “Fiquei sozinha! Meu pai morreu, minha mãe...! Todos os meus irmãos são mortos”. Ao Leosair pedir que ela fale sua idade, foi rápida em responder: “Tenho mais de 21!”. A lembrança de que quando ía casar, outra pessoa chegou antes e roubou o pretendente, não lhe sai da mente, mas, ela teve seu esposo e com ele foi feliz. Filha obediente, o pai nunca lhe surrou e a protegia. Dos avós lembrou com docilidade e Manuel lhe marcou mais, ao citar o nome dele. O que se descobriu é que Daluz quer mesmo é casar, e o segredo é que com um rapaz novinho.

 

A VIDA DE LEOSAIR

Essa profissional dedicada, que Suzane informa que em brevíssimo assumirá a diretoria de Política do Idoso em Imbaú, tem 51 anos. “Eu amo as pessoas idosas. Desde os 15 anos eu me dedico aos idosos. Eu agradeço muito a Deus por ela estar na nossa vida. Tem minha mãe de 74 anos, tem mais um idoso de 94 anos que a gente sempre olha, fora os outros que passaram já por mim. Sempre eu estou na visita, olhando a cada um, com carinho e escutando, ne? Porque as vezes não é dinheiro ou presente que eles querem. Eles querem sim é alguém que os escute. Querem ter uma atenção mais pra eles!”.

 

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