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PROFESSORA NILMA DE OLIVEIRA: A VIDA PELA EDUCAÇÃO
PROFESSORA NILMA DE OLIVEIRA: A VIDA PELA EDUCAÇÃO

Ela completará 70 anos no dia 22, dia que desfrutará seu primeiro, de aposentadoria.

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15-10-2014 às 07:23:25) A professora Nilma de Oliveira Cesar Luiz (69) que é licenciada em Ciências pela Fafijan, com habilitação em Matemática, teve também a cidade de Cornélio Procópio que complementou sua vida de estudos, com pós-graduação em Pedagogia para o Ensino Religioso.

E imaginem que ela quase que não exerceu o magistério, porque começou a trabalhar como bancária.

 

Locais que ela lecionou

Os mais de 20 anos que lecionou no Colégio Wolff Klabin em Telêmaco, com Português, Matemática, Ciências e Ensino Religioso, são acrescidos com aulas também no Leopoldo Mercer, Manoel Ribas, Cebeja, Escola Bela Vista, e Presidente Vargas.

Coube a professora também, dar a primeira aula nos colégios Tancredo Neves (Imbaú) e também no atual Terezinha Ladir, na época, João Rodrigues dos Santos, na Xarqueada de Baixo (Imbaú), além de ter sido professora PDE de 2007/2008. Nilma, por dez anos, foi diretora na Escola de Aplicação, que funcionava na lateral do Wolff. Já, o próprio Wolff, dirigiu de 1988 a 89. “Vinham alunos de toda região, pois não havia Ensino Médio em outros municípios. Era uma verdadeira cidade o Colégio, com dois mil e muitos alunos!”. A profissão escolhida por Nilma será pausada após 22 anos de trabalho no Núcleo Regional de Educação, em Telêmaco. Sim, pausada, porque como muitos devem saber, o magistério não é profissão... é sim um sacerdócio, que fica impregnado para a vida inteira, de forma positiva, no coração de quem  o exerce.

Importância do ser professora

Assim ela respondeu a essa indagação: “Teve importância fundamental em minha vida. No início, trabalhei em banco e na primeira oportunidade, me tornei professora. Acho que foi a escolha certa feita!” afirmando que veio com o propósito de ensinar, resume que aprendeu muita coisa pela troca de experiência, com colegas, alunos e comunidade escolar.

Lembranças que não saíram da memória

Todos os momentos foram importantes para ela, mas marca muito saber que o aluno adquiriu conhecimento por seu intermédio. “Você conhece quando isso se dá. Ensinei os alunos a fazerem as primeiras letrinhas”, recordando do período inesquecível em que foi alfabetizadora. “Trabalhei com os pititinhos!”, disse com os olhos quase marejados e num reluzente sentimento de realização. Era para ela um momento muito especial, porque via nos olhos deles também, um brilho. “Eu fazia correção de avaliação pertinho deles. Essa era a hora que eu percebia que eles estavam de fato, aprendendo!”.

“Houve uma ocasião em que uma criança não estava bem. Ela desmaiava! Não tinha telefone nessa época com a facilidade de hoje. Levamos ela ao hospital, e após ser medicada, entregamos aos pais. Na rua não tinha asfalto. Deixei o carro distante. Atolei meus pés no barro, e levei a criança nos braços. A família era pobrezinha e os pais ficaram muito agradecidos!”

A profissão ontem e hoje

Num paralelo do passado com a atualidade, Nilma informou que foi muito feliz, porque na época de sala de aula havia o respeito dos alunos, pais e colegas, de forma mais acentuada. “Não podemos ser saudosistas, mas hoje sabemos que está mais difícil. Tinham problemas no nosso tempo, mas eles eram mais facilmente contornáveis. A forma de pensar mudou... os valores mudaram!”

Num dado curioso, ela lembra que os filhos dela foram seus alunos e sempre estudaram em escola pública, e se saíram bem em seus vestibulares, assim como os demais das particulares, até porque na determinada época não existia tanta oferta de instituições privadas.

Uma mensagem aos professores sobretudo em seu dia

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Otimismo! Essa foi à resposta. A professora apontou que nunca se pode desistir dos objetivos, e que por mais que os desafios sejam grandes, há a necessidade de enfrentá-los. “Considero que a educação é um dos maiores bens que podemos legar à humanidade!”, deixando transparecer sua linha freiriana (Paulo Freire).

Nilma lembrou das muitas comemorações do dia dos professores durante sua caminhada. “São homenagens que não saem da memória, como aquela singela florzinha que eles colhiam no campo e pra eles e a nós, era tudo”. Ela lamenta por esse estilo: “foi o tempo... hoje já não acontece mais isso!”.

Alunos por vezes, e não raras, a veem em festas, no mercado e quando passam, vez ou outra, em seu próprio local de trabalho no NRE. “Quando você presencia algo assim, percebe que há uma marca boa! Eles te encontram... te cumprimentam, abraçam. Alguns dizem que querem te ver pelo menos mais uma vez. Isso tanto os alunos como os pais desses!”

Quando pedida uma mensagem, também para aqueles que são a razão do existir dos professores, - os alunos-, a experiente mestre pede que eles aproveitem as oportunidades que estão tendo, até pela forma facilitada com que o conhecimento tem chegado a esses, pelas novas tecnologias. “Preservem-se, valorizem-se! Reconheçam o esforço de seus pais e professores. Busquem o conhecimento a toda prova para poder enfrentar o mundo e se sair bem!”

Quando do concluir-se a entrevista ela disse: “E a sementinha foi plantada e foi germinada”. De forma surpreendentemente humilde, até pelo seu exemplar currículo, ela ainda se alto-pergunta: “- Será?”.