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MÃE, MULHER, LUTADORA E FELIZ
MÃE, MULHER, LUTADORA E FELIZ

ESPECIAL DIAS DAS MÃES

Maria Helena dribla preconceito e se torna soldadora de referência na cidade

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09-05-2015 às 09:11:22) Numa homenagem ao Dia das Mães, o Site Oberekando reproduz matéria elaborada por esse editor no ano passado, mas sob autorização do Jornal Folha da Cidade, para qual tal profissional trabalhava na época, e onde tal especial foi publicado.

Hoje aos 46 anos de idade, Maria Helena da Silva abandonou 12 anos no setor de limpeza da Klabin, mas há nove anos resolveu dar uma reviravolta profissional numa função até então tabu para a época. Um curso, caro naquele momento, e feito em Ponta Grossa, a tornou uma soldadora e hoje ela trabalha para si própria, ao lado do seu esposo.

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“Uma área bastante difícil para as mulheres”, reconhece ela, e com muito preconceito, que começa a ser quebrado, mas válida pelo salário. Depois de fazer o curso e o estágio, ela se diz feliz e recompensada pela troca, até porque foi contratada logo em seguida: “Eu mudei da água pro vinho!”.

Como ela viu que se fosse trabalhar num escritório, precisava ter estudo, e se pede boa comunicação, ter ótima aparência, algo que na área que ela escolheu, não existe. Ela trabalhou já por três anos na Binotto, na época e depois, montou o próprio negócio em família.

Quanto ao espanto com uma mulher no atendimento, acontecem situações engraçadas. “Já se deu que um senhor da Argentina veio e fez um serviço com meu filho e gostou. Ai no outro dia meu filho preparou tudo e me chamou, e ele disse: “Mas mulher..., mulher soldando meu caminhão?”. Ai o filho falou que ela era mãe dele e que com ela é que havia aprendido.

Ela diz que às vezes não consegue vencer o serviço e que as pessoas gostam da qualidade. O conselho dado pras suas amigas mulheres é que se querem mudar de vida, batalhem, e se tem um sonho, vão atrás dele, pois pra ela, mais que difícil, foi muito bom, pois conseguiu mudar a sua situação. “Não é um serviço pra mulher, é pra homem, mas nós conseguimos fazer”, aconselha.

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Das maiores dificuldades, ela diz do soldar a parte de baixo do caminhão, e também erguer os foeiros (as vigas das laterais da carroceria, que seguram as cargas), mas diz que na área da solda sempre existe um ajudante para o profissional. “Uma vez aconteceu de que, na empresa que eu fui trabalhar, ainda como estagiária, eles pediram que eu continuasse um serviço de um soldador (homem) com 20 anos de experiência. Faziam três meses que eu havia entrado na profissão!

Ela conta que em sua turma de curso, foram 20 amigas e várias não continuaram. “Confiaram em meu trabalho, me deram oportunidade, e eu me esforcei! Mas hoje, as coisas mudaram. Já recebi oferta de receber de 3 a 4 mil reais de salário. Nós mulheres gostamos de, além de trabalho bem feito, também deixar com boa aparência. Nós temos que ser assim e com isso, quebrar tabus, não só nesta, mas em todas as áreas”.

Perguntado como esta mãe e mulher, lida com a vaidade; foi direta: “no trabalho não tem vaidade... não tem como nessa profissão!”. Ela disse que na empresa já foram mulheres procurar serviço, mas não teve jeito. “Ela tem que fazer uma troca. Tem que entrar no ritmo. Vaidade deixa lá pra um domingo, pra ir numa festa, numa igreja. Se for com vaidade numa entrevista eles já olham pela aparência!”. Maria Helena explicou dos riscos de segurança, quando se leva em conta a vaidade, dos riscos de se prender um brinco, um anel ou estragar as unhas: tudo pode gerar acidente.

Respondendo se já trabalhou no trecho (em empresas empreiteiras fora da cidade), confessou que esse foi o objetivo principal. Ela e o filho dela até tinham a intenção de encarar o trecho juntos, mas ai veio o casamento.

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A mensagem dela para todas as mães e mulheres é que elas todas, corram atrás de seus sonhos! Elas têm que ir atrás dos sonhos. As dificuldades vão chegar, mas temos que vencer!”.

 

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