Qual foi minha surpresa tempos destes, ao ver na entrevista especial do Jornal Hoje, da Rede Globo, o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna, de sucessos como “Auto da Compadecida”. De início, achei bem legal o fato dele fazer questão de manter seus filhos, já casados, morando no mesmo terreno da sua casa.
Melhor ainda foi sua participação no Programa do Jô, na terça-feira, dia 5 de junho. Concessão raramente aberta; foram três blocos finalizados pelo “aaaaah”, que denota, pela platéia, que a entrevista, tão boa, tenha que ser encerrada.
Não troco por nada ter um bom tempo de “prosa” com pessoas mais velhas que eu. São momentos impagáveis de conhecimento e lição de vida. Aqui em Jandaia, por exemplo, costumo dizer que me abasteço intelectualmente com a dupla de irmãos luso-brasileiros, Luciano e Afonso Caetano de Sousa. Com seu Damásio e Zito é da mesma forma.
Passei a ter um encantamento pelo bom humor e lição de vida desse escritor, que completará no dia 16 de junho, 70 anos. Ser filho do ex-governador da Paraíba; na época em que nesse cargo a pessoa era ainda chamada de presidente (no caso, filho do ex-presidente da Paraíba), não o torna arrogante e nem prepotente. Ele inclusive, nasceu no palácio de Paraíba, nome da capital que tinha o mesmo nome do Estado.
Aqui vou ilustrar algumas passagens vistas no Jô, muito interessantes e pitorescas.
Ao ser perguntado se já tinha voltado ao Palácio onde nascera, respondeu que sim e que está totalmente tomado por computadores. Disse não ter nada contra estas máquinas, mas acha sim, que é o contrário. Ele explicou que digitando seu nome no PC, não teve seu primeiro sobrenome reconhecido - Viana, mas sim, vacilão, e Suassuna, outra decepção: assassino.
Quando poucos dias após nascer sua filha caçula, caíra uma grande chuva, não pensou duas vezes e fez promessa para são Ariano ao pedir que a água que poderia invadir sua casa, parasse. Apesar de amedrontado com o temporal, teve tempo de olhar a biografia do santo e mudar a direção do pedido para São Pedro, que foi pescador. Motivo: São Ariano morrera afogado!
Sem gostar de andar de avião, na verdade, nem de sair muito de seu refúgio, ele não entende porque as companhias aéreas colocam à vista dos passageiros os mais de 300 procedimentos de segurança para os vôos. “Isso quer dizer que eu estou correndo mais de 300 perigos andando de avião?”
Perguntado por Jô, sobre a mania de apelidos na Paraíba, seu Estado natal, disse que na escola o seu era “chocalho”. Por quê?... quis saber o apresentador: “porque eu falava demais, e ainda falo!”
Quando fez uma visita numa cidade do norte e foi recebido com banda de música e tudo, ficou preocupado com a reação de um senhor, lá apelidado de Chicó, por envolver seu nome no Auto da Compadecida e por ter matado, no caso, o melhor amigo deste. Suassuna se aliviou ao perceber que ele estava tranquilo e até se sentindo lisonjeado pelo nome na história.
Para quem também aprecia uma boa e produtiva conversa, e tem o privilégio de ter isso com pessoas de mais idade e com mais caminhada na vida: não perca tempo e os procure. Valor: incomensurável!
Melhor ainda foi sua participação no Programa do Jô, na terça-feira, dia 5 de junho. Concessão raramente aberta; foram três blocos finalizados pelo “aaaaah”, que denota, pela platéia, que a entrevista, tão boa, tenha que ser encerrada.
Não troco por nada ter um bom tempo de “prosa” com pessoas mais velhas que eu. São momentos impagáveis de conhecimento e lição de vida. Aqui em Jandaia, por exemplo, costumo dizer que me abasteço intelectualmente com a dupla de irmãos luso-brasileiros, Luciano e Afonso Caetano de Sousa. Com seu Damásio e Zito é da mesma forma.
Passei a ter um encantamento pelo bom humor e lição de vida desse escritor, que completará no dia 16 de junho, 70 anos. Ser filho do ex-governador da Paraíba; na época em que nesse cargo a pessoa era ainda chamada de presidente (no caso, filho do ex-presidente da Paraíba), não o torna arrogante e nem prepotente. Ele inclusive, nasceu no palácio de Paraíba, nome da capital que tinha o mesmo nome do Estado.
Aqui vou ilustrar algumas passagens vistas no Jô, muito interessantes e pitorescas.
Ao ser perguntado se já tinha voltado ao Palácio onde nascera, respondeu que sim e que está totalmente tomado por computadores. Disse não ter nada contra estas máquinas, mas acha sim, que é o contrário. Ele explicou que digitando seu nome no PC, não teve seu primeiro sobrenome reconhecido - Viana, mas sim, vacilão, e Suassuna, outra decepção: assassino.
Quando poucos dias após nascer sua filha caçula, caíra uma grande chuva, não pensou duas vezes e fez promessa para são Ariano ao pedir que a água que poderia invadir sua casa, parasse. Apesar de amedrontado com o temporal, teve tempo de olhar a biografia do santo e mudar a direção do pedido para São Pedro, que foi pescador. Motivo: São Ariano morrera afogado!
Sem gostar de andar de avião, na verdade, nem de sair muito de seu refúgio, ele não entende porque as companhias aéreas colocam à vista dos passageiros os mais de 300 procedimentos de segurança para os vôos. “Isso quer dizer que eu estou correndo mais de 300 perigos andando de avião?”
Perguntado por Jô, sobre a mania de apelidos na Paraíba, seu Estado natal, disse que na escola o seu era “chocalho”. Por quê?... quis saber o apresentador: “porque eu falava demais, e ainda falo!”
Quando fez uma visita numa cidade do norte e foi recebido com banda de música e tudo, ficou preocupado com a reação de um senhor, lá apelidado de Chicó, por envolver seu nome no Auto da Compadecida e por ter matado, no caso, o melhor amigo deste. Suassuna se aliviou ao perceber que ele estava tranquilo e até se sentindo lisonjeado pelo nome na história.
Para quem também aprecia uma boa e produtiva conversa, e tem o privilégio de ter isso com pessoas de mais idade e com mais caminhada na vida: não perca tempo e os procure. Valor: incomensurável!
- O VÍDEO ABAIXO, DO YOUTUBE, NÃO É DA ENTREVISTA DO JÔ, MAS SIM UMA AULA DE ARIANO, FORMIDÁVEL
PESSOAS PREPOTENTES ODEIAM PESSOAS COMO SUASSUNA, QUE EXPERT, SE FAZIA RESPEITAR POR SUA HUMILDADE. FILHO DE EX-GOVERNADOR (PARAIBA), DÁ LIÇÕES ÀQUELES QUE NÃO SE COLOCAM EM SEUS DEVIDOS LUGARES E USAM DE ARROGÂNCIA TERRÍVEL E ACHAM QUE A TERRA GIRA AO REDOR DELES E APENAS PARA ELES!