A alegria africana
Artigo por: Edivaldo Oberek
Particularmente torço em Copas do Mundo pelos times africanos, por serem por fama, zebras quando ganham, pela humildade e sobretudo, de forma a dar alegrias ao seu povo sofrido quando de placares favoráveis. Convém lembrar porém que Gana e Nigéria são fortíssimas seleções. Camarões perdeu do México e Costa do Marfim venceu o Japão nesta primeira rodada da Copa no Brasil. Relembro aqui um artigo escrito no dia 01 de julho de 2009:
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A alegria africana
Vuvuzelas: este foi o símbolo da alegria africana expressado durante a Copa das Confederações na África do Sul. Se por um lado expressão de torcida em êxtase pela maior competição futebolística no continente até agora, a corneta com barulho extremo foi um grande problema para a imprensa internacional durante a transmissão dos jogos. A Fifa já mostra preocupação com este fato, mas tanto pelo aspecto da mídia quanto ao estranhamento pelos turistas que irão ao continente africano acompanhar nos estádios as partidas, a corneta acabou se mostrando certa dor de cabeça. Há porém que se levar em conta o principal aspecto: o cultural!
Moro aqui em Dublin numa casa com quatro africanos, e quando comentei com eles a respeito do transtorno que a mídia vem tendo com as vuvuzelas, logo disseram que seu uso é quase que obrigatório quando nas partidas de futebol. Um deles, ao ser questionado por mim se já foi ao estádio usando uma delas, afirmou que sim, e que em sua casa, em Botsuana, existe um modelo das enormes, guardado!
Se há algo a ser exaltado na comunidade africana, é justamente sua alegria extrema! Sempre sorridentes, eles são também bondosos! Se eu adotar como referência meus amigos que vivemos na mesma casa, ai a convicção disto será ainda maior!
Sempre me chamou muita atenção, especialmente por ter acompanhado as notícias a respeito da discriminação racial na África do Sul, o Apartheid, a forma de superação deste povo, que via na música, segundo os filmes, o expressar sua tristeza e simultaneamente, a esperança de um dia melhor, coisa que foi possível pela luta incansável de Nelson Mandela. Em Dublin existem muitos africanos. Tempos atrás me deparei com uma senhora do Congo, na fila de um banco, e ao cumprimentá-la, recebi como resposta certo rosto tenso e silencioso. Quando percebi algo estranho, fiz questão de dizer a ela que moro com quatro pessoas africanas, e que são sensacionais! Neste momento ela abriu um largo sorriso e disse que seu silêncio de deveu ao temor de mais uma discriminação pela cor, coisa que ela já sofreu aqui na Irlanda. É importante justificar também que num contexto geral, as raças e nacionalidades todas convivem em harmonia aqui na terra Irish!