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DE TB: A SAGA DE JENNY E SUA MOCHILA NO MUNDO

Ela conheceu 28 países e em seu Blog e Instagram, narra suas experiências 

2018-04-05 às 19:43:48) Jennipher Alves Schroeder, nascida em 02 de fevereiro de 1991, resolveu que seu mundo não necessariamente se limitaria à Telêmaco Borba, e de acordo com sua própria mãe, Maria Cristina Debas, “passando por várias situações e tendo que se virar sozinha, foi sem medo, mesmo sendo sua primeira viagem, assim”, ao narrar a este jornalista a saga da filha primogênita, que é formada em Letras e pós graduada em Gestão de Pessoas.

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Uma conversa com Jenni, na tarde desta quinta-feira, trouxe qual foi o impulso para que ela deixasse a Capital do Papel em abril de 2017 e retornasse, depois de estar em 28 países e 78 cidades, em primeiro de fevereiro último.

Espanha, França, Holanda, Bélgica, Hungria, Eslováquia, Áustria, Croácia, Servia, Montenegro, Bósnia, Macedônia, Grécia, Itália, Eslovênia, República Checa, Polônia, Romênia, Bulgária, Turquia, Rússia, Tailândia, Vietnã, Camboja, Malásia, Filipinas, Coréia do Sul e Portugal: Estes foram os países da Europa, Ásia e também acrescentando-se o Egito, na África, em que ela esteve: “Foi uma experiência incrível! Foi a melhor experiência da minha vida. A melhor escolha que eu tive na minha vida. Valeu muito a pena!”.

Sua experiência pode ser vista mais de perto no mundo online. “Dicas sobre os lugares onde eu passei. O que visitar, o que ver, algumas histórias sobre os locais, mas eu dou dicas principalmente de como viajar barato”. Ela fez trabalho voluntário, hospedou-se em hostel, com quartos compartilhados, lembrando que dividiu quartos com 20 pessoas: “Eu busco mostrar para as pessoas que é possível viajar barato. Que aquela viagem para o exterior não é um sonho impossível e você consegue fazer sim!”.

 

BLOGUEIRA

Ela que tem entre seus planos profissionais futuros e esta já buscando ser uma nômade Digital, onde se trabalha e viaja ao mesmo tempo, em seu blog namochiladajenni.com e no Instagram com o mesmo nome, posta no primeiro, semanalmente, de duas a três matérias, e no segundo, diariamente, algumas dicas: “Penso que se eu consegui, quero mostrar para as pessoas, inspirar as pessoas que elas também conseguem! Foi uma experiência tão incrível para mim, que eu não consigo guardar. Eu quero compartilhar com os outros e quero que os outros sintam isso também! Que os outros vivam o que eu vivi!”.

TER FOCO: Uma das perguntas que mais ela responde é como conseguiu dinheiro para fazer a viagem: “Eu sempre falo que a questão é o foco! Você tem que ter foco!”. Jenni lembra que antes de ir, o emprego dela era rentável em termos de salário, dentro da média em geral, mas que ela deixou de fazer muita coisa, como compra de roupas, saía menos, reduziu suas idas à manicure: “São pequenas coisas que no dia a dia a gente consegue economizar pra poder viajar!”. Ai o mais importante: “Depois eu falo... vai! Vai sem medo!”.

O INGLÊS E SITUAÇÕES: O idioma universal, o tão necessário Inglês, para quem já o usa, tem um aprimoramento sem precedentes ao tomar a decisão em ser mochileiro. Pra quem não sabe, a única alternativa é aprender! Ela já falava e se vê contente com sua fluência!

Jenni teve como porta de entrada para a Europa, Madri, capital da Espanha. Descendente de alemã, passou nos países que circundavam a terra de seus antepassados, mas acabou não conhecendo. Situações como transporte, lembra de todo mundo se apertando, e sem cinto de segurança, sem nada: “Tanto Vietnã como Tailândia, as vezes você vai de uma cidade para outra, no fundo de um caminhão adaptado”.

 

“AMIGOS DA MINHA VIDA”

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Jenny com Eri, do Japão (Esquerda) e com a sulcoreana Danyi (Direita)

A troca de um olhar, a troca de um sorriso são muitas vezes chaves para novas amizades quando o idioma não ajuda, ou nunca se pensou em estar num país com uma língua ou dialeto tão estranho. “Falo que eu fiz amigos nessa viagem que eu considero ‘amigos da minha vida’”, que em um dia, meio dia às vezes, tornaram como se fossem amigos de infância”, acrescentou. Este é o caso, por exemplo, de Bárbara, uma portuguesa que conheceu na Romênia: “Depois quando eu fui para Portugal, ela me abriu as portas da casa dela!”. Michel, também encontrado na Romênia, é alemão, mas passou seis meses morando em Maringá (PR): “O único alemão que eu conheci, e que sabia falar Português e falava muito bem!”.  Na Turquia, em Istambul, os ‘Brasis’ se encontraram, quando Sibele, de Minas, foi uma outra amizade. Hoje ela mora na Austrália e constantemente estão se contactando: “É uma das pessoas que eu mais me identifiquei nessa viagem e que eu mais converso hoje”. Na Tailândia, Eri foi a amiga do Japão, que reside em uma das ilhas nipônicas, “e ela já me convidou para ir pra casa dela também”. Uma sul-coreana, Danyi, foi outra amizade. Tendo se encontradas no Egito quando Jenni foi à Seul (capital da Coreia do Sul), foi recepcionada por ela e fizeram passeios juntos: “Inclusive conversamos bastante sobre a relação Coreia do Sul e Coreia do Norte”. Jase, da Austrália, “um dos caras que mais me ajudou e me inspirou nessa viagem, porque a gente tem uma história muito parecida. Ele era jornalista na Austrália e ele simplesmente largou o trabalho dele..., largou tudo, porque ele queria viajar!”. Ele é um nômade digital.

 

BRASILEIROS! CUIDADOS QUANDO TURISTAS!

Ao se comentar pelo Oberekando da fama que os brasileiros têm, de por vezes serem arrogantes quando se mora no exterior – muitos deles, mas os bons são super queridos -, e pior, por vezes falam extremamente mal dos países que os recepcionaram, ela afirmou que seu blog expõe aquilo que ela vivenciou. Quanto à Paris, por exemplo, não achou receptiva: “Não foi assim tão agradável como poderia ter sido!”.

Os golpes que se dão como casos de pulseirinhas e de se ter o celular do visitante usando de argumento se fazer foto (Do próprio turista) e se cobrar para devolvê-lo, são alguns deles, e se necessita de atenção com essas situações. Esses momentos são mais frequentes na Europa. Na Ásia ela não presenciou isto e no Egito, de forma mais tímida.

Ela elenca também, que nos países mais conservadores quanto ao vestuário, por exemplo, deve-se observar o respeito às culturas, na medida do possível e isso também, por uma questão da própria segurança.

 

CORAGEM NÃO FALTA: A família tem se adaptado com essa situação de distância e a volta é matar-se saudades. Tal isso é verdade, que se inicia contagem regressiva para a volta de Maria Clara, irmã de Jenny. A líbero, que brilhava na Associação de Vôlei de Telêmaco Borba (AVTB) está estudando e jogando Vôlei nos Estados Unidos e em um mês, retorna. Viajada, a primogênita entre as filhas, está de coração e de experiências vividas abertas a compartilhar com a caçula e ajudá-la a decidir suas escolhas!

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Clara (Primeira à esquerda, de cabelos trançados)

O que deixa o pai Edevaldo, a mãe Maria e a própria Jenni tranquilizada é que Clara já colocou em prática – bem antes de aqui estar escrito, mas as palavras usadas pela irmã mais velha, nesta entrevista: “- Ai o mais importante: ‘Depois eu falo... vai! Vai sem medo!’”.