Iniciativa solidária possibilita festa onde mais de mil pessoas almoçam em união e gratuitamente

15-12-2014 às 12:02:34) Tradição passada de pai pra filho: é dessa forma que António Pereira da Silva (56) deu continuidade, e já pelo oitavo ano, ao Natal Tropeiro, neste domingo (14).  Num local afastado da área urbana, uma festa que é feita pelo grupo tradicionalista “Tropeiro Nossa Senhora das Brotas – Braçudo Véio”. Nela, um almoço que ano passado serviu 1200 pessoas e que neste ano o número fez novamente essa média, houve também a chegada do Papai Noel Tropeiro, a celebração da Palavra com o diácono Paulo, e o tradicional bolo. Sem fins lucrativos, “na festa tropeira não se vende nada, e também não deixamos vender”, explicou o idealizador. Ele disse que o evento faz recordar o que seu pai, Sebastião Pereira; já fazia. “Faz recordação de meus pais e avós, que já faziam isso!”.

Muito considerado por Braçudo, Cido, mais conhecido por Cidoça, disse que o amigo conserva uma tradição antiga, onde ninguém pagava nada e todos comiam bem. Com carinho ele se recordou também de Sebastião. Carlos, que é presidente do grupo Tropeiros Nativos, de Pirai do Sul, fundado em 23 de abril de 2003, veio prestigiar o amigo Braçudo, conhecido durante um percurso de tropeiros que em 2006, percorreu 17 cidades, inclusive Telêmaco. Carlos se alegra ao lembrar a viagem que fez no lombo de animal, e que durou 21 dias, até Aparecida, também em 2006. O piraiense elogiou a iniciativa do companheiro: “Ele faz uma coisa bonita que pouquíssimas pessoas fazem”. Ele ainda completou quanto à conservação dessa tradição: “Estar no lombo de um burro afasta tanto as pessoas do mau caminho”, se referindo à atualidade, em que os jovens se envolvem em tantos males. “O Brasil nasceu no lombo do burro!”, exaltando a época em que não se tinha outro meio de transporte, senão o cavalo.

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