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ARTIGO: CHARGES, RELIGIÃO, FRANÇA E EXTREMISMO
ARTIGO: CHARGES, RELIGIÃO, FRANÇA E EXTREMISMO

As charges francesas da discórdia! Uma questão além de complicada

Artigo: Edivaldo Oberek

Da revista de humor 'Charlie Hebdo', na área urbana de Paris, atitudes de uma imprensa livre, e que trouxera uma demonstração do povo francês, ao mundo, de como um protesto pode reunir mais de três milhões de pessoas pelas ruas, mas num clima ordeiro, pacífico e até mesmo, exemplar, e especialmente ao Brasil, onde manifestantes se fundem por vezes com baderneiros!

Toda a comoção mundial se formara em torno das 12 mortes no atentado contra a “Charlie”. Mas quais podem ser; agora com análise racional, ao invés de emocional, as conclusões que isso traz?

Ninguém é obrigado a aderir à crença um do outro, mas deve respeitar a liberdade de culto, a escolha que outrem tenha feito, de religião. No Brasil isso não é uma opção: é uma Lei! De todas as pestes de males existentes no contaminado sistema brasileiro, ao menos esse item é sagrado em nossa Constituição.

Em 2011, a revista em questão atraiu a fúria de extremistas muçulmanos ao publicar charges de Maomé. Alguns no Brasil publicam, vez ou outra, algo assim, relacionado a Jesus, mas nunca de forma tão violenta como se fez em solo francês. Existe um fato, porém, também: O mundo muçulmano é regido em muitos dos seus países por governos teocráticos, onde o mesmo líder político é também o religioso! Grupos radicais nascem e morrem pela sua religião, mas de forma muito mais acirradora do que faria, por exemplo, um evangélico ou um católico. Os franceses mexeram com vespeiro ao “por inúmeras vezes”, colocar Maomé, que se equivale a Cristo para os cristãos, por ser o Messias, o enviado por Deus, mas no caso dos islamitas: de Alá - como centro de piadas. Seria como mexer com o Alcorão: a bíblia sagrada deles!

Em 2006, é importante se recordar, que até mesmo o espaço aéreo sobre o Vaticano foi fechado por muitas horas, após as repercussões mundiais das declarações do papa Bento 16 que foram vistas como ofensivas ao Islamismo e ao Alcorão. Bento, na época, dera uma aula magna em uma universidade da Baviera – um estado da Alemanha.

RT

A França tem ligações muito fortes com o mundo árabe, ou seja, com seguidores do profeta Maomé. Muitas das colônias francesas lá existiram, e é normal, inclusive, essa população ter como segunda língua, justamente a francesa, cultivada até hoje. Nas ruas de Paris, especialmente quando lá estive por três dias, vi uma espécie de corredor polonês de muçulmanos entre as calçadas: mas esse retrato fora apenas como primeira impressão. Depois se percebe que é o costume deles se reunirem para vender cigarros ou outros objetos.

Não que seja perigoso a mim, um simples mortal, mexer com um tema que o mundo inteiro condena e que reúne milhões em passeata, mas acho ser coerente citar nesse artigo, que essa empresa de comunicação mexia com a fé. Não se tolere aqui extremistas! Como somos cristãos, fica fácil entender que o Mestre defende dar a outra face ao invés de revidar! Guerras religiosas que fazem pessoas viverem em penúria e em meio a conflitos constantes não podem ser reduzidas a explicações como sendo em defesa do nome do Messias!