A professora Joelma Jamurchawski falou ao Oberekando sobre Libras
2017-04-21 às 17:46:22) Tão querida professora no Colégio Wolff Klabin, de Telêmaco Borba, Joelma Jamurchawski Mazzo (47), que é pedagoga formada pela UEPG, professora de Educação Especial da qual é pós-graduada e também especializada em Tradução e Interpretação de Linguagem Brasileira de Sinais, conversou com o site Oberekando na manhã deste feriado. Quanto ao seu amor pela Educação Especial ligada à deficiência auditiva e aos surdos, assim expressou: “Acho que começou desde a infância, porque eu sempre via e convivia com pessoas especiais e me coloquei no lugar delas. Ela confessa que muitas vezes se deparou conversando com surdos porque via a necessidade de interpretar o que eles tentavam a dizer, “e eu percebia que era através do corpo, da expressão”.
Sua caminhada começou após a conclusão do Magistério, quando em 1988 foi chamada no concurso para trabalhar na Apae: “Ali eu vi a minha vocação. Me identifiquei. Vi a empatia pelos alunos, pela profissão. Começou ali, cerca de 19 anos, maravilhosos”,
SURDO OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA?
Ela explicou que surda é aquela pessoa que não tem resíduo auditivo e não escuta nada, enquanto que aquela que tem este resíduo, ou que apresenta falhas ao ouvir, é chamada de deficiente auditiva.
Ao ser perguntada se há casos em que com o desenvolvimento após o nascimento, alguns pais não percebem de imediato que determinadas crianças têm esse tipo de deficiência, disse que sim. “A relação que deve ser feita é que nós temos extinto e percebemos um barulho, e a criança com dificuldade já não dá a resposta e nesse caso, não procura a fonte sonora”.
A nova concepção de ter respeito e compreensão ao invés de dó, está mais em voga, seguindo ela, junto com as políticas educacionais. Hoje se vê, por parte das pessoas com essa deficiência, a possibilidade da busca pelas habilidades que ela tenha: “É a área compensatória. Por exemplo, no surdo sua área compensatória é a visão.
GESTOS
Há surdos que conseguem fazer leitura labial, porém, 70% de nossa leitura labial, com sons, não são perceptíveis pela visão, então nesse caso, para a professora, não é errado fazer os sinais, fazer as mímicas (mesmo que esses não tenham ligação com Libras): “Eles vão entender e ficar felizes, porque você está tentando se comunicar. Muitas vezes nós (ouvintes) temos medo de errar diante de um surdo, e também de se expor. O brasileiro, diferente por exemplo, de um italiano ou africano, não tem tanta expressividade. Não fazemos tantos gestos!”.
Jamurchawski apontou que quando eles se dedicam a fazer algo, fazem bem feito! “É apaixonante, não é? Porém se necessita muito que se tenha esse espaço para eles e que eles sejam compreendidos. Ai entra a importância dos intérpretes da linguagem de sinais nos ambientes públicos, que com a Lei 436, do ano de 1992, ficou garantido aos surdos os terem”.
OPORTUNIDADE DE APRENDER LIBRAS
A professora fará uma pesquisa em rede social para verificar se há demanda do curso de Libras. As aulas terão a previsão de serem nas terças ou sextas-feiras. Nessa, ela terá um professor surdo que a irá acompanhar a turma.
Caso você deseje aprender a Linguagem Brasileira de Sinais, seja para interagir com algum amigo, familiar, ou vizinho, assim como também estar apto à empresas que possam necessitar de profissionais que tenham essa habilidade de comunicação, a professora Joelma Jamurchawski Mazzo se coloca à disposição. Os contatos podem ser feitos pelos telefones 3273-2054, após às 18 horas, ou em horário comercial, pelo 3272-8803.
Os agradecimentos à Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Recreação (SMCER) pelo espaço usado para a gravação desta entrevista.
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