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PENA BRANCA:LÍDER, REVELADOR DE TALENTOS E EXEMPLO
PENA BRANCA:LÍDER, REVELADOR DE TALENTOS E EXEMPLO

Aos 74 anos, sua paixão pelo São Silvestre funde-se com a amizade de Pelé e Galvão Bueno

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2017-02-18 às 18:37:18) Nascido em Umuarama, tendo passado por diversos locais de São Paulo, e em sua volta ao Paraná, ter escolhido justamente Telêmaco Borba, cidade onde a população do Jardim São Silvestre tem o privilégio de o ter presidente da Associação de Moradores, aos 74 anos, Lourival Humberto Rodrigues, ou melhor, Pena Branca, é um exemplo de perseverança, riqueza de espírito, fábrica de amizades e que, mostra como se combater uma série de problemas sociais, por meio da inclusão, pelo esporte.

 

A TRAJETÓRIA

Sua história com o esporte começa em Suzano, onde inicia o treinamento de crianças e muitos talentos surgem por suas escolinhas. Ele sempre levou bastante a sério os momentos de trabalhar com a “molecada”. Em seguida, foi para Ferraz de Vasconcelos, e depois, Itaquera. Nesse período, joga profissionalmente por quatro meses, pelo Corinthians. Um dilema e uma convicção na época, de fé, o fez interromper o que poderia ser uma carreira: Como pensava que não poderia ser jogador de futebol e evangélico ao mesmo tempo, preferiu a igreja. “Careira não compra salvação e eu vou continuar sendo evangélico e torcendo por vocês”, alegou, ao desistir. Treinou a “piazada” em Santo André, por 15 anos. Também em Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Na volta ao Paraná, fez o que mais gostava também em Assis Chateubriand, Toledo, Vera Cruz, quando chegou à capital do Papel.

Na caminhada espiritual, foi maestro da banda de igreja em Santo André, e em Telêmaco por nove anos. Lembrou com carinho que doou uma banda completa para igreja de Toledo – cidade que ele tem, inclusive, uma foto que eterniza esse grupo, que já tocara o Hino Nacional na abertura de jogos no estádio dela.

 

A AMIZADE COM PELÉ E A CARTA DE GALVÃO BUENO: TROUXE ELES PRA GOIOERÊ!

Quando estava em São Paulo, resolveu morar em Santos. Nesse período, como ele auto se confessa,” fominha de bola”, foi na casa de ninguém menos que Pelé, no Gonzaguinha. Na oportunidade lá encontrou-se com Zagallo e Djalma Santos. Ao perguntarem a Pena, porque ele não iria jogar bola com eles, eis que, por cerca de três vezes lá estava ele: Modesto e no auge da fama das estrelas, as peladinhas foram com Pelé, Didi, Nilton Santos, Vavá, Zagallo, Djalma Dias, Djalma Santos, e Gilmar. Nessa hora foi questionado pelo Oberekando, como ficava sua situação, pois jogava com um também ídolo do Palmeiras, tendo sido um profissional do arquirrival! “Sou palmeirense, mas torço por todos!”, escapando-se com a mesma jinga de quando estava em campo!

Com faro a descobrir talentos a vida toda, lhe chamou sempre a atenção o time de uma fazenda em Goioerê. Nessa, estando em Santos, viu a chance de lançar um convite para que seus novos amigos viessem até essa cidade e fizessem uma partida. “Só que saio três dias antes, porque de avião eu não vou!”, explicou a Pelé, Pena, ainda surpreso com o aceite, do maior ídolo do futebol mundial. Assim aconteceu, no ano de 1974. Pelé, três anos mais velho que Pena, saiu-se campeão com seu time de craques, por 2 a 1. De fato, a fazenda tinha e mostrou uma excelente equipe, pois não houve goleada. O presidente da associação do São Silvestre jogava de ponta, mas naquele episódio, fez a inversão com o centro médio, Zé Bernardo.

GALVÃO: Lembranças como essas foram levadas à flor da pele, nos dias que antecederam o Natal de 2016, há poucos meses, quando em uma carta do amigo Galvão Bueno, chega na casa de Lourival, também uma camiseta da Chapecoense, personalizada, onde no gesto, o narrador esportivo mais famoso do Brasil, lembra dos feitos de Pena e seu amor ao esporte. Galvão era um frequentador da casa onde Pena era funcionário, em Santos. Se conheceram em 1963. Na carta, Galvão cita com detalhes o gol que seu amigo anfitrião no jogo em Goioerê, fez, e a presença nesse dia, do ídolo Mané Garrincha!

Em 1987, quando o rei do Futebol veio à Klabin, em Harmonia se encontrou com nosso entrevistado, que na fábrica trabalhava. “Você agora vai largar o serviço e vamos almoçar juntos”, lembra ele. Na oportunidade, Pelé estava acompanhado da filha mais velha dele, que era vereadora em Santos.

 

TALENTOS DO SÃO SILVESTRE

Mas de tudo mesmo, o orgulho presente dele é o São Silvestre. Como ele mesmo diz, morou mais tempo na Divisão de Obras que em sua própria casa.

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Faz o que gosta, e ao lado do centro comunitário, pode ser vista a escola, que hoje dá treino aos seus atletas. Mais de 300 já passaram por suas mãos. Um detalhe: quando chegou, essa localidade não tinha nenhum benefício público. Saneamento, patrolamento, depois calçamento e preparação para asfalto, além de um parquinho infantil, dentre outras melhorias, foram esforços dele e sua equipe diretora da Associação, a exemplo de sua vice, Ironete Lima Schneider.

É com orgulho e alegria que lembra que é do São Silvestre um padre, que nasceu na Rua João de Barro. Também da atriz da Rede Globo, Joice, da Rua Curió, que foi descoberta depois de um concurso de Miss neste local. Wellington, que hoje brilha no Atlético Paranaense, com apenas 13 anos, foi seu jogador.

“Nunca recebi um aplauso de nada, mas minha coragem enquanto eu estiver vivo, é de lutar”, exclamou sorridente e confiante o amigo também de Bradock, Barbosa Netto, dentre outros, que comemora a inscrição da equipe do São Silvestre na Copa 52 anos de Telêmaco Borba.

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Enquanto a entrevista era feita, o amigo do ramo de transporte coletivo, Taborda, acompanhava, surpreso, aquilo que ainda não conhecia, dos detalhes da história da vida real de Pena.

 

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