Ele, no início de Dezembro, retorna a paróquia que já trabalhou, em Guaratuba
2016-11-26 às 12:45:03) O entrevistado na tarde de ontem, pelo site Oberekando, nasceu em 07 de novembro de 1948 em Dubuque em Iowa, nos Estados Unidos. Lá fora coroinha em sua infância. A vida se transcorreu e a fé lhe concedeu a ordenação sacerdotal em 1975.
No início de dezembro, Padre Donald, que teve seu aprendizado na língua portuguesa no ano de 1976, quando trabalhou um mês em Curitiba e dois em Tibagi, recebe mais uma missão: Voltará para Guaratuba onde já estivera por seis anos antes de vir a Telêmaco. Lá, estará na Paróquia Nossa Senhora de Bom Sucesso.
Da conversa com Ronald Raymond Roth - nome de nascimento, que está na Paróquia Redentorista Nossa Senhora de Fatima em Telêmaco, vejamos os tópicos:
“A MISERICÓRDIA E O PECADO – O AMOR REDENTOR DE DEUS”: SUA OBRA
O sacerdote tem sido bastante elogiado neste seu escrito, pela forma elucidadora e conforme explica, uma promoção, ao que solicita o Vaticano II, da maneira de pensar sobre a fé: “A Bíblia mostra para nós um Jesus muito misericordioso que diz – ‘Quem me viu, viu ao Pai!’”. Ele disse que a nossa fé é a misericórdia de Deus, e que nosso pecado é uma ruptura nossa com Deus, e não um crime contra Ele. “Nós acabamos nos afastando porque temos resistência para o convite de amar e de fazer o que o amor exige. A gente se afasta de Deus! Ele não joga a gente fora, pois ele é o Pai!”.
Ao falar desse amor, cita a liberdade como base. E nesse sentido, os relacionamentos são lembrados. No casamento, por exemplo, o amor traz a liberdade, e a escravidão, a tristeza.
REDES SOCIAIS: USO COM BOM SENSO
Falando nessa febre dos tempos atuais, Donald pondera que Redes Sociais (RS) no mundo virtual não é presença ou o se colocar na presença de alguém, mas sim que por vezes ela é usada como uma fuga. “Não é ter basicamente comunicação humana, ou estar aí com as pessoas”. Um casal que vai a um restaurante para um momento que seria somente deles e especial, ao estarem conectados em seus celulares, estão na mesma mesa, mas um não está presente para o outro. “O amor exige presença... exige dedicação: ‘Eu não vou me dedicar a celular quando estou com a pessoa que eu digo que amo! Estamos caindo nisso de fazer as RS mais importantes que as pessoas que estão ao nosso lado. Do que adianta eu ter 3 mil amigos no FB, se não tenho a minha família?”.
LEMBRANÇAS
Dos quase 10 anos que está em Telêmaco, ele comenta que em todo o lugar que vai, encontra amigos. “É como Jesus disse, que se você vai entrar no Reino de Deus, vai ter cem vezes mais parentes e casas, pois somos todos uma comunidade”.
Quando o site citou o quão afáveis são vistas as suas homilias, humildemente respondeu: “Eu não fiz nada! Cada um tem seus talentos e tem que colocar para a construção do Reino. Se eu tiver qualquer talento, qualquer coisa, não fui eu quem consegui, e sim, Deus que foi muito generoso comigo!”.
Seu trabalho no seminário menor, que hoje é o Cefet em Ponta Grossa, e onde ficou por três anos, cita como privilégio, a oportunidade. “Mas também tenho que admitir que foi um peso, né? Porque a gente tem responsabilidade pela vida de tantos jovens. Os pais colocam seus filhos em nossas mãos e é uma responsabilidade responder a um desafio” Com bom humor típico, completou: “Mas conseguimos sobreviver!”.
NAS DIFICULDADES, A PROXIMIDADE COM DEUS E COM A IGREJA
“Se a gente realmente segue Deus, vamos trabalhar para a construção do Reino, e isso não se limita a uma piedade, mas sim à construção de um mundo melhor”. Para isso, Roth disse que não podemos deixar tudo e qualquer coisa acontecer, mas sim temos que cobrar da sociedade o que é melhor para o povo, e o fazemos em nome de Deus. O ficar calado e deixar tudo acontecer, como corrupção, crimes, e desvios que caem encima do povo, nos faz omissos! “Na hora que eu não exijo e não faço nada, eu permito que tanta coisa ruim aconteça!”. Ele lembra que isso começa desde as pequenas coisas, e com nossas atitudes, como no não respeito às vagas de idosos e deficientes nos estacionamentos, ou quando se fura a fila do banco. “Não apenas em questões ligadas ao governo!”.
DONALD: UM PADRE QUE É AMADO TAMBÉM PELAS CRIANÇAS
Com sorrisos afáveis e atenção quase paternal: assim é o carisma deste sacerdote junto às crianças. Sua explicação a isso é fácil, da mesma forma que as cativa: “Viver o amor. É Simples! A criança precisa de mais amor porque está descobrindo a vida. Temos que ter mais carinho e mostrar a elas que o mundo não é um lugar de medo e de se proteger contra tudo e qualquer coisa”. Ele vê que elas precisam nessa fase que estão descobrindo as coisas, descobrir também que podem confiar nas pessoas: “Infelizmente hoje tem tanta gente que não consegue criar essa confiança. O padre lembra que é necessário mostrar que se pode confiar e amar, e que o mundo é um lugar bom e nosso!
“E afinal de contas, o sorriso de uma criança vale! É como a propaganda de um cartão de crédito por ai: Não tem preço, né?”
O período em que este jornalista que aqui escreve, esteve no seminário, era em que os padres Donald e Ângelo Schemberger - que é telêmacoborbense -, hoje confrades da mesma paróquia, eram respectivos diretores dos menores e maiores (forma de divisão interna de turma), em Ponta Grossa.
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