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Telêmaco discute a “Gravidez na Adolescência”
Telêmaco discute a “Gravidez na Adolescência”

Trabalho inter-secretarias, projeto da Saúde e Educação busca prevenir e minimizar incidência

FONTE: PMTB

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2018-04-18 às 10:00:31) A primeira etapa do projeto “Gravidez na adolescência: projeto de intervenção para prevenir e diminuir sua incidência” foi realizada na sexta-feira (13).

Parceria entre as secretarias municipais de Saúde e Educação, o projeto visa promover ao adolescente um comportamento mais responsável, no que se refere ao sexo seguro, à prevenção de gravidez na adolescência, prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis, bem como prevenção da violência sexual.

Na reunião, o projeto foi apresentado para os coordenadores das escola municipais, bem como as evidências e dados epidemiológicos. Também foi realizado um treinamento no formato matricial com as principais dúvidas relacionadas ao assunto.

Na continuidade do projeto serão feitos treinamentos e reuniões com os enfermeiros das unidades de saúde, com os pais e por último com os alunos das escolas municipais, criando um espaço de discussão sobre a prevenção da gravidez na adolescência.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é o período que se estende dos 10 aos 19 anos de idade. O Ministério da Saúde segue essa definição de adolescência prescrita pela OMS, e compreende como juventude a população dos 15 a 24 anos. A população, entre 10 a 24 anos, representa um contingente expressivo de mais de 50 mil pessoas no Brasil (IBGE, 2010).

A gravidez nessa faixa etária figura como grave problema que atinge crescentemente a população de Telêmaco Borba. São 210 casos registrados de mães adolescentes no ano de 2017, levando-nos a uma grande preocupação por parte dos profissionais da saúde, pois o corpo da mulher sofre adaptação e neste momento ainda não estaria pronto para uma transformação vindoura da gravidez.

Quanto aos riscos biológicos a Organização Mundial de Saúde alerta, para complicações fisiológicas para mães e a criança, como anemia, hipertensão, aborto espontâneo, trabalho e parto prematuro e morte materna, por sua imaturidade física, funcional e emocional.

Numa perspectiva social, alguns estudos concluem que a gravidez precoce pode ocasionar repercussões sociais negativas, com reflexo na evolução pessoal e profissional, além de transtornos no núcleo familiar. Tem sido referida a alta taxa de evasão escolar entre adolescentes grávidas, chegando aproximadamente a 30%, e o retorno a escola ocorre em pequenas proporções após o parto.

Com outra abordagem, destaca-se que a gravidez na faixa etária 10 a 14 anos relaciona-se à violência sexual, levando a repercussões psicológicas negativas na constituição da sexualidade e desenvolvimento da gravidez.

Segundo o Código Penal Brasileiro as relações sexuais com menores de 14 anos são tratadas como crime sexual contra vulnerável, independente da comprovação de desenvolvimento ou não para o consentimento da vítima, ou de quaisquer outras circunstâncias.

A escola é a principal fonte de informação sobre sexualidade para os e as jovens brasileiros (as). Por isso, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, em parceria, trabalham o Programa Saúde na Escola (PSE) enfocando a integração da Estratégia Saúde da Família (ESF) com a rede de educação básica e a comunidade escolar do seu território de responsabilidade.

O Programa Saúde na Escola faz parte das políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral.

Frente a vulnerabilidade resultante do processo da adolescência, sobretudo no que diz respeito a não adoção das práticas seguras relacionadas a sexualidade, torna-se necessário priorizar ações programáticas voltadas para esse segmento populacional e desenvolver estratégias de educação em saúde, permitindo que o jovem exponha suas ideias, sentimentos e experiências com possibilidades de mudanças de atitudes e comportamentos, reduzindo os riscos da gravidez não planejada, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e violência sexual.