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Temporariamente telêmacoborbense , mineiro no Puma
Temporariamente telêmacoborbense , mineiro no Puma

Trabalhador descreveu como é a vida no trecho, e a ansiosidade pelo nascimento do filho

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23-01-2015 às 13:07:05) Com 23 anos de idade, e nascido na cidade mineira de Coronel Fabriciano, Matheus Bruno atendeu a um pedido do site Oberekando, e concedeu uma entrevista, para que assim, possamos conhecer um pouco mais de como é a vida, o que pensa, e da importância dos famosos trecheiros. Esse adjetivo é dado a pessoas que trabalham em empreiteiras, que ficam longe dos locais de suas residências originais.

Assim como acontece nas paradas para manutenção da Klabin, em Harmonia, que recebe pessoas de todos os cantos do Brasil, e alguns do exterior, desta feita, com prazos mais longos, Telêmaco tem uma população itinerante devido ao projeto Puma. A nova unidade Klabin, que mesmo sendo em Ortigueira, tem na capital do Papel os maiores reflexos de movimento por ser a cidade polo da microrregião.

O mecânico montador já está no trecho há cinco anos, e já trabalhou em grandes capitais, como São Paulo, Belo Horizonte e Vitória. No interior, em Itabira (Minas Gerais) e agora em Telêmaco. Casado há oito meses, está na expectativa do nascimento do primogênito muito em breve. Perguntado se já tem um nome em mente: Bernardo foi à resposta.

Ele avalia a vida de trabalhar fora como complicada por estar longe de todos que se conhece, mas se diz satisfeito no sentido de ter um trabalho para o sustento seu e da família. Comedido ao falar, gentil, ele comentou que no trecho se faz boas amizades, mas preferiu não citar nomes para evitar esquecer-se de algum. Quanto a situações, da mais triste vivida fora de casa, não teve nada a dizer, porém, a maior alegria: quando soube que sua esposa está esperando o filho do casal.

O incomoda a falta do que se fazer em Telêmaco, mas, mais que depressa, um amigo ao lado explica: “Não é que a cidade seja ruim, mas sim por ser novo se deparar com a rotina das pessoas e sua forma de viver. Pela cultura totalmente diferente, fica difícil a adaptação!”.  Quanto ao clima, está satisfeito com o calor idêntico ao seu estado, mas com sotaque calmo de mineiro, deixa uma preocupação no ar: “Já me falaram que aqui faz até -5 graus, e ai não dá muito certo não!”.

Ao ser questionado se o trecho o atrai, explicou que em Minas não tem tanto lugar pra se trabalhar e que também os salários são baixos. Ele, diferente de muitos que moram fora de casa por tentarem a vida no trecho, teve o privilégio de já começar há cinco anos atrás, como oficial, ou seja, mecânico montador, e não como ajudante, como é muito comum nesse meio. Ao falar de sua relação quando tem algum ajudante que o acompanhe, revelou sua generosidade: “Primeiramente o respeito e passo a ele, tudo que sei!”. Especificamente, não tem ajudante dessa vez.

Qual a maior dificuldade de se trabalhar fora de casa? Mais do que a resposta óbvia, a forma de expressão, com que respondeu, resumiu todo seu afeto: “A saudade!”.

Segundo o BNDES, os investimentos na fábrica da Klabin em Ortigueira vão gerar 1,4 mil empregos diretos a partir do início de operação, no primeiro trimestre de 2016, e até 8,5 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, durante as obras.

A presença dos trabalhadores vindos de todos os locais do Brasil, para Telêmaco, traz um importante fomento, seja na área hoteleira, de serviços, como na economia em geral, e está requerendo em contrapartida, atendimento especifico por parte da administração municipal.

 

* As fotos inerentes a essa matéria, serão ilustrativas.

 

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