Projeto vindo do IFPR está sendo praticado no Marcelino Nogueira
2017-08-14 às 16:12:37) A professora de Língua Portuguesa, Idinei Ribeiro de Moura (54), foi hoje a entrevistada do site Oberekando, juntamente com suas alunas Cristina dos Santos (16), Karine Carneiro (17) e Ana Carolina Teixeira Fernandes (16), tendo como pauta o projeto dentro desta disciplina, Leitura e Cidadania, que está sendo posto em prática no Colégio Dr. Marcelino Nogueira, e foi uma iniciativa do aluno do Instituto Federal do Paraná, Campus T. Borba, Gabriel Camargo Onesko (17). Um dado de suma importância é que ele é filho da funcionária Rosimari, deste estabelecimento.
A professora disse que ao ser procurada por Gabriel, não escondeu certo espanto, porque dificilmente alguém investe na área da Educação, e ele veio propor algo que ela, - que está por completar 25 anos dentro desta disciplina - , tem grande afinidade, que é a leitura. “Quando ele me procurou eu prontamente atendi, porque a interação de um colégio com o outro eu acho importantíssima, para que a aprendizagem aconteça”.
Ela lamenta que as pessoas não se interessem muito em ler, mas ressaltou da grande importância deste ato. Foram citados pela professora, a febre das redes sociais atualmente como outro desvio de foco da língua mãe, e com isso também, o uso de abreviaturas e gírias.
Gabriel, que assim como as alunas participantes do bate-papo, é também do terceiro ano, explicou que o projeto surgiu ao se colocar em prática aquilo que forma os três pilares do IFPR, que são o Ensino, Pesquisa e Extensão e que ao ser convidado por sua professora, Katrym Aline Bordinhão dos Santos, mentora do projeto de Literatura e Cidadania, aceitou, por também ter afinidade com a Língua Portuguesa.
A IDEIA É ESTUDAR OS LIVROS QUE CONSTAM DAS PROVAS DE VESTIBULAR
A ideia central é se estudar os livros que são pedidos em questões dos mais diversos vestibulares. “Tornar mais fácil esse contato com a literatura. Dos alunos com a Literatura!”.
AS ALUNAS
CRISTINA disse que a professora a perguntou se ela tem o costume de ler, visto sua desenvoltura para produção de texto. A falta de tempo para ler um livro, que admite, poderia ser bom pra ela, é sua grande questão: “Eu nunca fui dada à leitura, mas sempre gostei de escrever!”. Ela inclusive tem um texto que está sendo objeto de uma peça teatral, e já deixou o recado aos seus amigos: “Podem mudar o que quiserem!”, demonstrando humildade e flexibilidade com os colegas.
KARINE expressou abertamente sua paixão pela área de Exatas, mas que ficou surpresa quando Gabriel veio lançar o projeto, por ter estudado com ele no 9ª ano do Fundamental, no Colégio José de Anchieta e que quando uma pessoa da mesma idade vem para ensinar, se aprende com mais facilidade. “Como é importante a gente catar cada conhecimento e ir demonstrando para outros lugares. Eu gosto muito de Exatas, mas a Língua Portuguesa está em todos os lugares!”.
ANA CAROLINA, onde na entrevista foi citada que, pelo fato de ser a Miss Teenager atual de Telêmaco Borba, tem aliadas, beleza e cultura, pela forma fácil e educada que sempre se comunica, lembrou que de nada adianta por exemplo, um engenheiro químico, saber só cálculo, e não saber falar. “Ou ele saber fazer os cálculos dele, e não saber escrever uma carta. Fazer um vestibular e não saber como se expressar numa redação”. Ela se confessou uma jovem que ama ler.
Ao serem perguntados quais livros marcaram suas vidas, A Menina que roubava livros foi a resposta de Ana Carolina, que também é o preferido de Karine. O pequeno príncipe foi o da professora, e de Cristina, a Hora da Estrela.
O LIVRO OU O FILME COM UM MESMO TÍTULO?
Um outro ponto citado foi a importância ao ter assistido um filme, procurar ler o livro que o inspirou, porque podem existir vários momentos em que um mesmo título se difira. Essa dica partiu inclusive da professora, para que possam os alunos fazer a comparação. Karine antes citou isso, relacionando ‘A culpa é das estrelas’: “Quando eu li o livro eu chorei, mas quando eu vi o filme, não!”, confessou.
“A leitura abre o caminho para o mundo, e obtendo conhecimento você será muito mais respeitado, sem sombra de dúvidas!”, enfatizou Idinei. O friozinho na barriga que por vezes têm os alunos quando se fala em redação a eles, aos poucos vai sendo superado, porque devagar vão começando a entender qual o significado e porque eu vou usar isso lá na frente!”.
Gabriel lembrou que o convite está em aberto para as escolas e professores de terceiros anos que desejarem o projeto Leitura e Cidadania. “A gente conseguiu a parceria na Escola Custódio Netto e estamos esperando mais oportunidades para alcançar mais alunos!”, informou ele.
No encerramento da entrevista com o grupo, quem falou ao Oberekando foi a diretora da Instituição, Cintia Assueiro, destacando que inúmeros projetos e de diversas disciplinas, são postos em prática. Ela aproveitou a oportunidade para agradecer aos pais dos alunos que a ela e ao Colégio Marcelino Nogueira, confiam o aprendizado de seus filhos. O exemplo e agradecimentos à Gabriel, bem como à sua mãe, foram eloquentes.
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