Em sua maioria, telêmacoborbenses não sabem que na instituição se fabricam instrumentos
2016-02-03 às 18:29:35) Os alunos do contraturno social municipal foram alguns dos visitantes da Mostra do curso de Luteria do Instituto Federal do Paraná, em Telêmaco Borba, conduzidos por sua pedagoga Lúcia Andréia Camargo e pela professora Karine Camargo. As explanações foram dadas pelo professor Rafael Augusto Michelato, que é o coordenador do projeto, como por Marco Aurélio Zoldan, também professor.
Com duração de um ano, podem se inscrever como alunos, os interessados a partir de 16 anos, e que tenham no mínimo o oitavo ano.
A formação será como luthier, mas dentro da nomenclatura brasileira, construtor de instrumentos musicais. O coordenador explicou que essa é somente a terceira instituição a oferecer o curso regular, no País, sendo antes Curitiba e o Amazonas. Ele disse que par e passo, a Luteria vem crescendo no Brasil e isso tem auxiliado na musicalidade nacional. Já, o professor Zoldan citou a parceria com a Klabin no projeto, onde usando uma potencialidade da região, que é a madeira, sendo esta uma iniciativa junto ao reflorestamento de eucalipto. “Isso traz desenvolvimento não só na área musical, como na marcenaria e trabalhos artesanais”. A professora Lúcia elogiou o fato da Mostra como uma nova proposta, e acrescentou: “Vai ter campo para os jovens estarem aprendendo e atuando. É importante saber que tem e é gratuito”.
CURSO TEM INSCRIÇÕES ATÉ ESTA SEXTA (05)
A Mostra é uma forma de divulgar o curso, e tem sua retomada na noite desta quarta-feira, das 19 às 21 horas. Michelato analisa que para os moldes de Telêmaco, a modalidade ofertada ainda é meio que distante de nossa realidade cultural. “As orquestras demandam de instrumentos de qualidade, e especialmente se levando em conta a sonoridade. Mesmo os de percussão!”.
Ele lembra que no País, existe apenas uma indústria oficial de xilofone. O IFPR fabrica, com seus alunos, esse instrumento.
O intuito do professor é criar essa demanda e deixar esses instrumentos nas escolas do município. Quando falou na necessidade de aperfeiçoamento da comunidade na musicalidade, citou por exemplo o caso da rabeca, que é um instrumento tradicional do Paraná, mas que no imaginário popular é um violino mal acabado.
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