De férias em Telêmaco, atleta jogou pela seleção da cidade no GrandPrix
Alex Anghinoni, nascido aos 04 de fevereiro de 1989, em Telêmaco Borba, com sua altura possibilitando ser oposto , ou saída, no vôlei, jamais poderia prever, mesmo que iniciado no esporte desde a 5º série, que hoje estaria dando um salto tão grande na carreira. Alex faz parte dos telêmacoborbenses que brilham lá fora, e jamais se esquecem da cidade que nasceram. No caso, ele pode dizer que aqui foi seu berço, pois começou no Positivo e foi lá, já no 1º ano do Ensino Médio (EM), seu último ano por TB. Voos altos o fazem ser nosso atleta no Qatar. Na capital, Doha, ele, hoje com 25 anos, vive com a namorada que é modelo. Mariana Tomás também morou em Telêmaco Borba, apesar de ser natural de Londrina. Ambos estão de férias, e devem retornar ao Oriente Médio em Agosto.
Positivo e Professor Neri
O Colégio Positivo foi onde o atleta teve seu ritual de entrada na modalidade. Isso ele não esquece. Na entrevista abaixo, inclusive, Alex se congratula com a instituição por incentivar a prática esportiva e o crescimento do vôlei entre seus alunos. Já, quanto ao professor Neri, o chama de um grande incentivador e descobridor de talentos, inclusive no seu caso. Sempre que vem a Telêmaco, Alex se junta ao antigo e sempre mestre para não se afastar tanto da forma física. Assim foi neste fim de semana quando disputou pela seleção de Telêmaco, o III GrandPrix da Liga Paranaense, aqui em sua cidade natal.
Veja a Trajetória
- 2005: Com 16 anos, fez o 2º ano do EM no Colégio NeoMaster em Ponta Grossa, a quem defendeu nesse período e ao mesmo tempo, servia à Seleção Paranaense no Infanto.
- 2006: Infanto e Infanto Juvenil e também compôs a seletiva da Seleção Brasileira.
- 2007: Foi para equipes de SP e SC que tinham idade para Infantos. Entre oito propostas, escolheu ir para o Barão, de Blumenal, onde também participou da seletiva da Seleção nacional. Nesse período ele teve a oportunidade de treinar junto com o time adulto que participava da Liga Nacional. Foi quando Alex e a turma participaram dos Jogos Abertos Brasileiros, onde se sagraram campeões.
- 2008: Indo para o São Caetano, teve uma lesão no ligamento cruzado e ficou fora da temporada.
- 2009: Vai para Santos.
- 2010: Jogou em São José dos Campos.
- Em 2011, recebe uma ligação telefônica de seu procurador, quando estava na praia e em férias, perguntando se ele tinha interesse em ir ao Qatar.
Tudo novo e até estranho
O fato de aceitar ir ao Qatar era uma séria decisão e ele quis saber quais eram as condições, em que pese deixar tudo no Brasil e se aventurar em terras desconhecidas, inclusive foi à balança na decisão, o namoro. Ele conta que ao chegar lá, era o segundo brasileiro. Já havia um outro, que era do adulto. Ficou por dois anos (duas temporadas) para apenas depois disso, ter seu livre trânsito como jogador profissional no país de forma documental para efeito burocrático nos meios do voleibol. “Quando comecei foi complicado. O fisioterapeuta era brasileiro, além do outro jogador, mas a adaptação ao idioma e a cultura eram regradas. Morar ao lado de uma mesquita no início foi interessante, mas depois se tornou maçante.”
Modelo, assim como a namorada?
O campeonato lá tem inicio no fim do ano, mas por setembro os atletas se reúnem para treinos. Sua estadia lá, com a namorada que já exercia nutrição no Brasil, área em que se formou pela Unopar, era um fato a favor. Ela pensou em continuar a exercer no Qatar a mesma área, mas o destino a levou ao “mundo fashion”, da moda. Mariana com 27 anos, já foi mais de uma vez capa de revista, além de figurar elegantemente em diversas ações como modelo. Alex, mesmo, não escapou, e já fez dois trabalhos para hotéis. Um folder e outro televisivo. Com a namorada a qual tem relação estável, até mesmo pelas exigências de reconhecimento legal no Qatar, ele já fez par num trabalho em que ela fez vestida de noiva. Mariana tem sido muito requisitada para estrelar com a moda árabe.
Ser respeitado como policial
Na capital, Doha, ele joga no Police Sport Club, que é do governo, e isso traz certa estabilidade. Isso quer dizer, que na prática, Alex é um policial no Qatar. A agremiação tinha também handebol, mas agora somente o vôlei. Quanto à estabilidade enquanto profissional, ele comemora o fato de, pela união com sua namorada, ter apenas gastos com comida e contar com os demais benefícios, e um apartamento maior que aqueles que são solteiros. Nas férias, são garantidas a ele, passagens ao casal e mais três dependentes, no caso filhos que possam advir. Alex diz que já recebeu propostas do Rio Claro e do próprio São José dos Campos que já defendeu, mas no momento, mesmo que no Oriente as condições de treinamento e espaços para a prática deixem a desejar, lá ele está a salvo de tantas migrações de times, como é o caso aqui no Brasil. “Após ir para lá, o sonho de ser o grande jogador de vôlei e que galga seleção, mudou de foco, me centrando mais na minha estabilidade pessoal. Claro que continuo me esforçando tanto quanto!”.
Quando perguntado se já conhece outros países, percebe-se que esta não é a grande preocupação do momento do atleta, mas lembrou que quando jogava em Ponta Grossa participou de um mundial escolar na Croácia em 2006, e lá, aproveitaram e foram a Paris. Quanto ao idioma, disse saber árabe para o “gasto”, mas Inglês, desde o tempo dos bancos escolares.
Escute entrevista completa com Alex, e conheça o Pais da Copa de 2022
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